quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Max Weber e Karl Marx

Grupo
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Biografia de Max Weber
Max Weber. Filosofo, historiador e sociólogo alemão teve seus estudos universitários na área jurídica, com incursão pela economia, filosofia e pela historia. Foi conhecido, sobretudo pelo seu trabalho sobre a sociologia da religião.
Sua postura teórica, vinda de sua formação e das heranças filosóficas kantiana e hegeliana, distanciou-se do positivismo e do marxismo.
Durkhein e Marx deram ênfase à analise sociológica dos fatos sociais e às relações entre as classes, Weber tomou como ponto de partida a analise centrada nos atores sociais e suas ações, privilegiando o papel da iniciativa do indiiduo na vida social.
De importância extrema, Max Weber escreveu a Ética protestante e o espírito do capitalismo.
Weber postula também a definição de estado que se tornou essencial no pensamento da sociedade ocidental: que o estado é a identidade que possui o monopólio de uso legitimo da ação coercitiva.
Max Weber
Max Weber preocupado com o seu tempo, com a era moderna e com as conseqüências advindas desse processo, dedica-se as condutas humanas nas diversas esferas da vida e o desenvolvimento capitalista. Seu interesse é entender o comportamento humano no contexto da era industrial.
O capitalismo é alvo de elogios para Weber, que se diferencia como Sociólogo por estudar o individualismo metodológico, ou seja, para compreender a complexidade social é necessário estudar o individuo em interação com o meio, a chamada sociologia compreensiva. Distingue-se assim de Durkhein que despreza o individuo e Marx que estuda as estruturas sociais no decorrer da historia.
Para Weber o sujeito constrói sua consciência a partir do momento que estabelece sentido para o que faz. Contudo tudo analisarmos duas categorias weberianas: a ação social e a relação social.
Para tanto temos que ressaltar que Weber utiliza para o desenvolvimento de sua analise um método um método muitas vezes destorcido, chamado tipo ideal: que é usado somente para analise comparativa, não existindo na realidade, sendo uma mera utopia elaborada teoricamente para facilitar pesquisas. Com base nas características mais salientes de determinados fenômenos. Sua validade é problemática e se comprova somente através de sua fecundidade na pesquisa.
Weber; através da comparação e classificação de Diversos tipos de cidade, determinou as características essenciais da cidade; da mesma maneira pesquisou as diferentes formas de capitalismo para estabelecer a caracterização de capitalismo. (LAKATOS, 1990, p35)
Weber terá o mesmo raciocínio para categorizar os tipos de ação social, obedecendo a lógica identificada tanto na tipologia da dominação como na da ação social, racionalmente da maior para a menor.
Ação Social
A ação social é toda conduta humana intencional e de significado particular levando em conta as ações dos outros também, por isso seu caráter social.
Nem todo acontecimento deve ser caracterizado como ação simplesmente por conterem uma intenção, o sentido que nos leva a ter uma ação não pode ser generalizado e classificado como ação social. A sociologia Weberiana está imbuída na pretensão de compreender as condutas humanas, e como isso como já dissemos antes Weber utilizará na observação da realidade tipos ideais explicativos, categorizando diferentes tipos de ação sociais, ou melhor, diferentes formas pelas quais o individuo percebem sua realidade de conduta.
Ação racional Conforme Fins
É onde o individuo age pelos objetivos estabelecidos, expectativas sobre a conduta de outros indivíduos da sociedade. O individuo age racionalmente por calcular suas ações de acordo com os fins, ou seja, persegue seus objetivos almejando resultados.
Quando elaboramos um projeto ou um objetivo definimos metas e condições, e no decorrer do processo almejamos o resultado. Esse é um exemplo clássico de ação racional conforme fins.
Ação Racional Conforme Valores
Ela é orientada por princípios e valores éticos, estéticos, religiosos e morais, sem preocupação com os fins, porque os meios são onde estão os valores defendidos e o resultado dessa ação não é tão importante.
Um exemplo seria Quando traçamos um objetivo algo que almejamos ou vamos fazer, porém o que mais nos importa não será o resultado final. O resultado dessa ação parece não ser tão importante quanto os valores defendidos e perseguidos pelo sujeito.
Ação Tradicional
Está ação está mais liga a costumes, cultura e hábitos adquiridos ao longo dos anos. Não contêm nenhum objetivo anexo a ela bem como nenhum valor como as anteriores.
No entanto essa ação está no limite de uma ação com sentindo, pois ela pode ser apenas uma ação reativa a estímulos externos.
Um exemplo dessa ação pode ser entendido como dar benção a pessoas mais velhas, ou até mesmo o batismo de uma criança quando seus pais são pouco comprometidos com a religião.
Ação Afetiva
A ultima, mas não a menos importante é motivada por emoções como inveja, medo, admiração, paixão; é a menos racional das quatro elencadas.
Esse tipo de ação se difere das anteriores, pois não há um propósito ou elaboração consciente nos fins dela.
Age-se emocionalmente e não racionalmente nesta ação por ela não conter valores previamente estabelecidos.
É importante ressaltar nesse momento que esses são tipos ideais de analise comparativa de cada individuo, sendo que as ações podem muitas vezes ter aspectos individuais ou até mesmo múltiplos, as quatro ações juntas.
Ao seguir no estudo de Weber nos damos conta de que as atitudes dos indivíduos não estão isoladas e sim no convívio social e, no entanto no emaranha das relações sociais.
Podemos exemplificar essa ação com um pedido de casamento ou uma declaração de amor.
Relações Sociais
Como primeiro contato podemos dizer que relação social é quando dois ou mais sujeitos estão empenhados no comportamento dos demais de maneira significativa. Weber se refere a essa relação como sendo, religiosa, comercial, familiar.
No entanto a novidade dessa relação é que a mesma se inicia no momento em que ela se encerra, pois é onde os indivíduo orienta sua ação pelo sentido compartilhado.
Dessa forma estabelecemos a diferença de relação social e ação social.

Karl Marx
A definição marxista de classe social começa com o fator material da existência de determinado sistema de produção – formação social – e usa como critérios objetivos de diferença entre as classes a sua posição neste sistema, a relação com os meios de produção, o papel na organização do trabalho e a posse ou não de parcela da riqueza produzida pela sociedade. Esta abordagem científica se mostra muito diferente da abordagem subjetiva das teorias burguesas. Por exemplo, termos como “classe alta” ou “classe baixa”, que não precisam o significado dos termos “alto” e “baixa”, são absolutamente vagos, e pior ainda é a definição por letra do alfabeto, que tem como base a renda dos grupos assim identificados. Poderia haver tantas classes quanto faixa de renda, e a definição destas mesmas faixas poderiam ser diferentes de acordo com a opinião individual de cada um.

A natureza histórica (passageira) das classes sociais
Marx demonstrou que, nas sociedades primitivas, não havia a divisão entre
classes. Esta divisão surgiu com base em mudanças nas forças de produção e
nos conflitos entre os homens, que levaram à posse privada, por um grupo social, do excedente produzido e da própria terra geradora de riqueza, graças à exploração de outra classe social que não detinha a posse dos meios de produção. Assim explicou Marx:
“A primeira forma de propriedade é a
propriedade tribal. Corresponde a um estágio não desenvolvido da produção em que um povo vive da caça e da pesca,criando animais ou, na fase mais elevada, da agricultura. (...) A divisão do trabalho, neste estágio, é muito elementar ainda, e está limitada a uma extensão da divisão natural do trabalho imposta pela família: a estrutura social é, portanto, resumida a uma extensão da própria família (...)”
A segunda forma é a antiga propriedade comunal e do Estado, que provém,
particularmente, da união de várias tribos numa cidade, por acordo ou conquista, e ainda é acompanhada pela escravidão. Ao lado da propriedade comunal, já encontramos a propriedade privada móvel e, mais tarde, a imóvel, em desenvolvimento, mas como forma subordinada à propriedade comunal. (...) toda a estrutura da sociedade baseada em tal propriedade comunal, e com ela o poder do povo, entra em decadência na mesma medida em que progride a propriedade privada imóvel. A divisão do trabalho já está mais desenvolvida. Já encontramos o antagonismo entre a cidade e o campo, depois o antagonismo entre aqueles estados que representam interesses urbanos e os que representam interesses rurais e, dentro das próprias cidades, o antagonismo entre a indústria e o comércio marítimo. As relações de classe entre os cidadãos e os escravos estão, agora, totalmente desenvolvidas.”
As condições materiais de existência e os conflitos sociais resultantes
das relações antagônicas entre as diversas classes surgidas no decurso do
processo histórico, a teoria marxista produziu análises que nos permitem
compreender que o processo de formação, desenvolvimento e de luta entre as
classes é o cerne da própria história humana.
Luta de classes- Karl Marx
Para Marx a história de todas sociedades até o presente é a história das lutas de classe.
A dualidade presente na sociedade caracterizada pelo Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, membro de corporação e ofícial-artesão, em síntese, opressores e oprimidos, permitiu uma luta ininterrupta, resultando no desmoronamento das classes em luta.
A moderna sociedade burguesa, emergente do naufrágio da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Ela apenas colocou novas classes, novas condições de opressão, novas estruturas de luta no lugar das antigas. Ou seja, muda-se apenas a coleira o cachorro continua o mesmo.
A simplificação desse antagonismo pode ser representado pela burguesia versus proletariado.
Com as navegações , os descobrimentos e novos mercados, fez com que a manufatura tomasse o lugar do funcionamento feudal existente, sufocando os mestres de corporação.
A grande indústria criou o mercado mundial, que a descoberta da América preparara. O mercado mundial deu ao comércio, à navegação, às comunicações por terra um desenvolvimento incalculável. Este por sua vez reagiu sobre a expansão da indústria, e na mesma medida em que indústria, comércio, navegação, estradas de ferro se expandiam, nessa mesma medida a burguesia desenvolvia-se, multiplicava seus capitais, empurrava a um segundo plano todas as classes provenientes da Idade Média.
A burguesia desempenhou na história um papel extremamente revolucionário. Onde quer a burguesia tenha chegado ao poder, ela destruiu todas as relações feudais, patriarcais, idílicas. Ela rompeu impiedosamente os variegados laços feudais que atavam o homem ao seu superior natural, não deixando nenhum outro laço entre os seres humanos senão o interesse nu e cru, senão o insensível "pagamento à vista".
A burguesia, em uma palavra, colocou no lugar da exploração ocultada por ilusões religiosas e políticas a exploração aberta, desavergonhada, direta, seca.
A burguesia arrancou às relações familiares o seu comovente véu sentimental e as reduziu a pura relação monetária.
E as mesmas armas que a burguesia utilizou para destruir o feudalismo voltaram-se contra a própria burguesia. Além de tais armas, a burguesia produziu homens que as portaram - os operários modernos, os proletários.
Na mesma medida com que se desenvolve a burguesia, desenvolve-se o proletariado, os quais são mercadoria que dependem do crescimento do capitalismo, pois vendem sua força de trabalho.
A industria moderna fez com que houvesse um aglomerado de operários, e a massificação deles, a mudança da pequena oficina do mestre patriarcal em grande fábrica do capitalismo industrial. O próprio Marx diz
“Como soldados rasos da indústria, são colocados sob a supervisão de uma hierarquia completa de suboficiais e oficiais. Eles não apenas são servos
da classe burguesa, do Estado burguês;diariamente e a cada hora eles são escravizados pela máquina, pelo supervisor e, sobretudo,por cada um dos fabricantes burgueses. Esse despotismo é tanto mais mesquinho,odioso, encarniçado, quanto mais abertamente
ele proclama o lucro como o seu objetivo.”
Devido ao sistema imposto, dá-se início a luta dos operários, porém isolados contra um burguês particular, que os explora diretamente. Dirigindo os seus ataques não apenas contra as relações de produção burguesas, mas também contra os instrumentos de produção;aniquilam as mercadorias, destroçam as máquinas, ateiam fogo nas fábricas, buscam reconquistar a antiga posição do trabalhador medieval.
O desenvolvimento da indústria faz com que o proletariado se multiplique, e com isso a sua força também. As diferenças do trabalho aumentam, comprime o salário para um nível igualmente baixo. O salário oscila com o crescimento da concorrência e com o surgimento das crises de comércio. E com isso as lutas se tornam mais freqüentes.
Por fim a condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza em mãos privadas, a formação e a multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado.
E até hoje há essa luta de classes, a qual se constitui de pessoas lutando para melhores condições de vida, tendo em vista o poder pra que aja essa transformação.
Porém na própria história vemos que ao conseguir o poder, a maioria tem sua mentalidade corrompida, tornando-se parte da burguesia e favorecendo a minoria. Esse ciclo faz com que sempre exista a luta de classes.
Referencia Bibliografica
Sociologia textos e contextos TESKE,Ottmar; 2° edição revista e ampliada; EDITORA Ulbra. Extraído do site: Google acadêmicos, link: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=1bPSgRDkMdgC&oi=fnd&pg=PA107&ots=lq4BHaQXeQ&sig=lf-xXR-uJsiyZjz1lQJcXGQVjdg#v=onepage&q=&f=true
Sociologia de Max Weber, FREUND, Jluiem; 5° Edição; EDITORA Forense Universitaria
http://www.pcb.org.br/classessociais.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141998000300002&script=sci_arttext&tlng=en#2not

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