domingo, 18 de outubro de 2009

POSITIVISMO

GRUPO
ANA CAROLINA JACINTO DE SOUZA
BIBIANI POLLI STANGER
FABIANA MITIKO ISHIZAWA
FERNANDA MITIE ISHZAWA DINIZ
MARIÂNGELA LUPORINI PALLARO
MAYLA MARQUES
TAIS MELLO
WELLINGTON JONNY ARAÚJO CUNHA

Auguste Comte
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798 na cidade de Montpellier, Paris. Filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo. Revelou-se desde cedo grande capacidade intelectual e uma prodigiosa memória. Seu interesse pelas ciências naturais era conjugado pelas questões históricas e sociais que o fez ingressar na Escola Politécnica aos 16 anos.
Em 1817, conhece Henri de Saint-Simon e torna-se seu secretário até 1824. Por Saint-Simon apropriar-se dos escritos de seus discípulos, chegando a publicar seus escritos e de dar ênfase apenas à economia na interpretação dos problemas sociais, Comte rompe com ele e concebe, a partir daí, a criação de uma ciência social e de uma política científica. São dessa época algumas fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819) e a famosa Lei dos Três Estados, "Todas as concepções humanas passam por três estádios sucessivos: o teológico, o metafísico e o positivo" (1822), e teoriza que o intelecto humano havia passado historicamente por um estágio Teológico, em que a humanidade e o mundo foram explicados nos termos dos deuses e dos espíritos; depois através de um estágio Metafísico Transitório, em que as explanações estavam nos termos das essências, de causas finais, e de outras abstrações; e por ultimo para o estágio Positivo Moderno que se distinguia por uma consciência das limitações do conhecimento humano. De posse, desde 1826, das grandes linhas de seu sistema, trabalha intensamente na criação de uma filosofia positiva, abrindo em sua casa, um Curso de Filosofia Positiva, que fora interrompido por uma depressão nervosa em virtude de problemas conjugais.
Recuperado, em 1829 Comte retoma o ensino e 1830 inicia a publicação do Curso distribuido em 6 volumes até 1842. Em 1832 é nomeado explicador de análise e de mecânica na Escola Politécnica e em 1837 , examinador de vestibular, perdendo seu cargo em 1842 por criticar a corporação universitária francesa. No mesmo ano, separa de Caroline Massin, após 17 anos de casamento.
É em outubro de 1844 que se situa o segundo encontro capital que vai marcar uma reviravolta na filosofia de Augusto Comte. Conhece Clotilde de Vaux, irmã de um de seus alunos e declara a esta mulher de 30 anos seu amor fervoroso. "Eu a considero como minha única e verdadeira esposa não apenas futura, mas atual e eterna". Clotilde oferece-lhe sua amizade. É o "ano sem par" que termina com a morte de Clotilde em 6 de abril de 1846. Entre os anos 1851 e 1854 redige o Sistema de política positiva ou Tratado de sociologia, extraindo algumas das principais consequências de sua concepção de mundo não-teológico e não-metafisico, propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais. No volume final dessa obra, apresentou as instituições principais de sua Religião da Humanidade que prevê uma reformulação total da obra sob o título de Síntese Subjetiva. Desde 1847 Comte proclamou-se grande sacerdote da Religião da Humanidade. Institui o "Calendário positivista" (cujos santos são os grandes pensadores da história), forja divisas "Ordem e Progresso", "Viver para o próximo"; "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", funda numerosas igrejas positivistas (ainda existem algumas como exemplo no Brasil).
Faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris após alguns meses de enfermidade, foi enterrado no cemitério de Pere Lachaise. Sua última casa, na rua Monsieur-le-Prince, nº10, foi posteriormente adquirido por positivistas e transformado no Museu Casa de Augusto Comte.
Comte contribuiu à filosofia sua adoção do método cientifico para a organização politica da sociedade industrial moderna, tentou também classificar as ciências; baseando na idéia de que as ciências desenvolviam da compreensão de princípios simples e abstratos as compreensão de fenômenos complexos e concretos. Deste modo, as ciências teriam se desenvolvido a partir da matemática, astronomia, física e da química para a biologia e depois finalmente a sociologia que de acordo com Comte não somente fechava a série, mas reduziria os fatos sociais às leis cientificas e condensava o conhecimento humano. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática social, e Dinâmica social. Comte deu ênfase a hierarquia e obediência e rejeitou a democracia; seu conceito de uma sociedade positiva está no seu Sistema de Política Positiva. Substituiu também a adoração a Deus por uma "religião da humanidade"; Comte viveu para ver sua obra comentada em toda a Europa. Comte também pensou que era necessário implantar uma ordem espiritual nova e secularizada a fim de suplantar o sobrenaturalismo ultrapassado da teologia cristã. Sua vida foi um modelo de comportamento para os discípulos e suas idéias impressionavam e impressionam até hoje os intelectuais de todos os países civilizados.

O Positivismo

O Positivismo é uma corrente filosófica, que tem como base a exaltação dos fatos. O conhecimento se afirma numa verdade comprovada, utilizando o método experimental como um caminho para o pensamento científico, no qual a verdade comprovada jamais é questionada. O Positivismo tem como característica três principais preocupações: A Filosofia da história (na qual encontramos a “lei dos três estados” que marcaram as fases da evolução do pensar humano teológico, metafísico e positivo); a fundamentação e classificação das ciências (Matemática, Astronomia, Física, Química, Fisiologia e Sociologia); e a elaboração de uma disciplina para estudar os fatos sociais, a Sociologia que, num primeiro momento, Augusto Comte denominou física social (Triviños, 1987, p. 33). O positivismo recusa o conhecimento metafísico e defende a idéia de que tanto os fenômenos da natureza como os da sociedade são regidos por leis invariáveis.


O Positivismo no Brasil

O positivismo de Augusto Comte foi a primeira grande corrente da Sociologia, e encontrou no Brasil, um solo fértil para a disseminação desta corrente .
Por volta de 1850, as idéias positivistas foram trazidas ao Brasil, por estudantes que concluíram seus estudos na França.A situação sócio-política brasileira na época estava gerando muita insatisfação por parte dos políticos e intelectuais, pois todo o poder estava de forma absoluta nas mãos do imperador D. Pedro II,sendo ele o responsável por qualquer grande decisão.
O exército estava em busca de adquirir conhecimentos através da matemática e das letras, enquanto o clero não exercia nenhum poder sobre o povo, somente para a nobreza,pois o clero era a favor do poder aristocrático ao qual o povo estava submisso.
Nesta época os ideais positivistas já começavam a adquirir uma maior aceitação entre os militares. E por outro lado D. Pedro II imposto pelos militares ia decretando de maneira lenta algumas leis de mudanças sociais, como a Lei do Ventre Livre;Lei contra o Tráfico de escravos , e a Lei da alforria por idade.
Essas leis de mudanças sociais não agradavam a aristocracia ruralista, pois com a libertação de seus escravos, as plantações começariam a perder seus lucros, e a burguesia ruralista, começaria a ter que contratar mão-de-obra para os trabalhos.
Os positivistas lutavam por interesses como: A Bandeira do Brasil, com a frase ‘’Ordem e’’progresso’’; a separação da Igreja e do Estado;o decreto dos feriados , e a realização dos casamentos civis.
Em 1893 Júlio de Castilhos concretiza suas idéias positivistas no Rio Grande do Sul. O positivismo passou então a ser conhecido como uma doutrina política conservadora e antidemocrática, que durante quarenta anos dominou o Rio Grande do Sul, e serviu de modelo para o resto do país.


O Lema da Bandeira do Brasil

Entre as medidas adotadas durante os primeiros anos da República, existem algumas que refletem a influência do positivismo:
- A substituição da saudação final na correspondência oficial do Estado, de "Deus guarde a V. Exa." por "saúde e fraternidade", que faziam referência ao Culto da Humanidade de Comte;
- Abolição dos tratamentos de Vossa Excelência, Vossa Senhora etc. pela forma "vós";
- A configuração da bandeira republicana, que recebeu o lema positivista "Ordem e Progresso";
- A lei da separação entre Igreja e Estado;
- O decreto dos feriados nacionais, alguns permanecem até hoje, como o 2 de novembro, o 1º de janeiro, etc.
A inserção do lema na bandeira nacional se deu através do decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889, preparado por Benjamin Constant então membro do Governo Provisório e redigido por Rui Barbosa.
Houve inúmeros opositores à concepção da bandeira nacional, entre eles Quintino Bocaiúva, Santos Dumont, Osório Duque Estrada, Visconde de Taunay, Eduardo Prado e Eurico Góes.
Aconteceram as chamadas Sete Críticas Maiores à bandeira, que foram: 1. Desprezo a tradição, 2. Erros de astronomia, 3. Uma legenda positivista, 4. Caso especial do Cruzeiro do Sul, 5. Simbologia sem fundamentos, 6. Inobservância heráldica e 7. Falhas na aplicação do Decreto.
O próprio Marechal Deodoro era contra a mudança proposta, para ele bastava retirar a coroa imperial. Mas os positivistas pressionaram-no a aceitar a proposta, o que foi feito.
A influência da doutrina de Comte no Exército entra em declínio após 1930, quando acontece a reforma no ensino militar. Mas de alguma forma o legado permanece até os dias de hoje, a bandeira atual brasileira é prova desse fato.
Recentemente, a bandeira do Brasil recebeu sugestões de mudança através do designer austríaco Hans Donner:
“Os positivistas não entendiam de design, hoje todo mundo entende e sabe a importância dos símbolos. Aquela inclinação prejudica o país.
Segundo um site especializado em design, a proposta dele é dar um giro na esfera azul, transformando a faixa branca de descendente a ascendente e incluindo a palavra “amor” no início da frase. Recuperaria assim, o lema dos positivistas “o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim” que originou “ordem e progresso”.
Por fim o designer não alteraria as cores da bandeira, mas acrescentaria um leve degradé acrescentando “volume” ao símbolo nacional.

A Igreja Positivista do Brasil

Fundada em 11 de maio de 1881 por Miguel Lemos, está localizada à Rua Benjamin Constant, 74 – Glória, Rio de Janeiro. Sua sede também conhecida com Templo da Humanidade, foi o primeiro edifício construído, no mundo, para difundir a Religião da Humanidade.
Defende que o estado brasileiro não tem religião oficial, sendo contra o ensino de religiões em escolas públicas e priorizando essa prática nos lares e igrejas.
Antes do início das prédicas dominicais tem lugar a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil e da França, ao som do HINO DA BANDEIRA e da MARSHELEZA respectivamente. Os mastros das bandeiras ficam à frente do Templo da Humanidade e atrai a atenção dos passantes.
Dentro da Igreja são pregadas as seguintes Máximas Positivistas:
- “O amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”;
- “O Progresso supõe a Liberdade”, “O Capital é social em sua origem e deve ter destinação social”;
- “A mulher deve ser posta ao abrigo das necessidades materiais para que possa se dedicar às atividades próprias do lar”;
-“O mundo é governado por leis imutáveis e não pela vontade de deuses”.
A Igreja também oferece a Associação ao Clube Positivista que possui os seguintes objetivos permanentes:
- A subordinação da política à moral;
- A subordinação da Família à Pátria e da Pátria à Humanidade;;
- O desenvolvimento da Fraternidade entre as nações, pela supressão de toda política imperialista;
- Separação entre Igreja e Estado;
- Liberdade de manifestação do pensamento, quer oral, quer escrito;
- Liberdade de associação e reunião;
- Liberdade de ensino;
- Liberdade profissional;
- Incorporação do proletariado (trabalhadores – operários) à sociedade moderna, por conseqüência:
dignificação do trabalho.
condições econômicas suficientes à digna existência da família operária.
elevação do nível moral e intelectual do operário.
decretação da legislação trabalhista que facilite sua incorporação à sociedade.
- Difundir que o princípio de que “o capital sendo de origem social deve ter destino social”, o que não exclui a admissão do capital privado;
- Defender a manutenção e o aperfeiçoamento do regime federativo;
- Dignificar a Mulher na função de educadora e elemento unificador da Família;
A Igreja funciona como uma instituição religiosa comum, com suas principais reuniões aos domingos, seguindo uma doutrina rigorosa e bem definida.

Bibliografia


fonte:http://www.rickardo.com.br/arquivos/posit_bandbras.pdf acessado em 15/09/2009
http://www.revistawindowsvista.com.br/timedimension acessado em 15/09/2009
http://www.igrejapositivistabrasil.org.br/ acessado em 16/09/2009

www.mundodosfilosofos.com.br/comte. html acessado em 11/09/2009

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